segunda-feira, 29 de junho de 2015

The gender gap in political ambition starts at an amazingly young age


In high school, boys and girls are equally likely to say that a parent has encouraged them to run for office. Among college-age men, the percent who says they have been encouraged by a parent increases, but the percent among women decreases. Meanwhile, college students are more likely than high school students to say that they talk about politics with friends weekly, but the difference is larger for men than women.

John Sides
If you want to increase the number of women in elective office in the United States, perhaps the biggest problem is the well-documented gender gap in political ambition. When women run, they tend to do about as well as men.  But they aren’t as likely as men to want to run in the first place.
Now, new research (gatedungated) by Richard Fox and Jennifer Lawless, two scholars of gender and political ambition, shows that the gap in political ambition emerges very early, even by age 18.
Based on a large survey of high school and college students, Fox and Lawless found that young men were more likely than young women to say they would consider running for office. But this gap was not evident among the high school students, just the college students. Consider this graph:

(…)







John Sides - Associate Professor of Political Science at George Washington University. He specializes in public opinion, voting, and American elections – 19.01.2015
IN Washington Post.


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Alemanha, uma fábrica de vagabundos – Segundo a lógica de certos brasileiros


E há muito mais e, em termos de “regulamentação”, tenho a impressão que a Alemanha é dos países que mais as tem e são tantas que eu teria que escrever um livro sobre como o Governo regulamenta qualquer coisa, desde filmes e imprensa até a largura de escadas em escolas, sejam públicas ou privadas (que quase não há pois é lei todas as crianças irem para a escola – com pena até de prisão para os pais que negarem! – e é dever do governo proporcionar esta oportunidade!).

Duda Renovatio
Como o “Bolsa Família” só cria “acomodados” e “vagabundos” que não querem trabalhar e “afundam o país”, vai aqui uma PARTE da lista dos “bolsa alguma coisa” deste país de “vagabundos”, “acomodados” que não levam o país a lugar algum: a ALEMANHA! (Provavelmente “Comunista” para os olhos de alguns, pelo que parece, o QUARTO país mais rico e capitalista do planeta – mas isto deve ser também uma “conspiração”…).
Aqui porque os alemães são “vagabundos”:
“bolsa pobre” (Hartz IV antigo sozialhilfe) prá todo mundo que é “pobre”= R$1227,19
– se vai ser mãe, 17% a mais
– se é pai/mãe solteiro, até 60% a mais; 12% por criança;
– com uma deficiência qualquer, 35% a mais (fora outros auxílios!)
– etc
TODAS as pessoas tem direito a habitar num espaço de 45 m² para uma pessoa, 60 m² para duas e 15m² suplementares para cada integrante da família e o GOVERNO paga a diferença de aluguel se isto não for possível com as condições financeiras das pessoas.
(...)






Duda Renovatio – 06.11.2014
IN Pensador Anônimo.



terça-feira, 23 de junho de 2015

Justiça ou vingança?



Quem acredita que o filho de um deputado, evangélico ou não, homofóbico ou não, será julgado e encarcerado aos 16 anos por ter queimado um índio adormecido, espancado prostitutas ou fugido depois de atropelar e matar um ciclista?
Sabemos, sem mencioná-lo publicamente, que essa alteração na lei visa apenas os filhos dos "outros". Estes outros são os mesmos, há 500 anos. Os expulsos da terra e "incluídos" nas favelas. Os submetidos a trabalhos forçados.

Maria Rita Kehl
Sou obrigada a concordar com Friedrich Nietzche:  na origem d demanda por justiça está o desejo de vingança. Nem por isso as duas coisas se equivalem. O que distingue civilização de barbárie é o empenho em produzir dispositivos que separem um de outro. Essa é uma das questões que devemos responder a cada vez que nos indignamos com as consequências da tradicional violência social em nosso país.
Escrevo “tradicional” sem ironia. O Brasil foi o único país livre no Ocidente a abolir a prática bárbara do trabalho escravo. Durante três séculos, a elite brasileira capturou, traficou, explorou e torturou africanos e seus descendentes sem causar muito escândalo.
Joaquim Nabuco percebeu que a exploração do trabalho escravo perverteria a sociedade brasileira – a começar pela própria elite escravocrata. Ele tinha razão.
(...)
Para continuar a leitura, acesse http://app.folha.uol.com.br/#noticia/562864







Maria Rita Kehl – Psicanalista, foi membro da Comissão Nacional da Verdade – 14.06.2015.
IN Folha de São Paulo, Opinião.

domingo, 21 de junho de 2015

Senhor, anota meu nome e minha matrícula? O lugar esquecido pelos juízes


O drama da maioria é parecido. Eles viram carne podre na máquina emperrada do judiciário paulista, ineficiente, um castelo de cartas carcomidas, formada por juízes que parecem muito eficazes em superlotar o sistema, mas que não concedem os direitos de progressão e de cumprimento de pena garantidos pelo processo de execução penal. “Apodreçam!” É a sentença.

Bruno Paes Manso
Dia de jogo do Brasil e Panamá. Véspera de Copa do Mundo. São 13 horas no CDP III de Pinheiros, onde quatro raios superlotados comportam 1.850 homens. O prédio foi feito, na verdade, para 572 pessoas. É hora do banho de sol e todos estão do lado de fora. Em cada um dos pátios, retângulos menores que uma quadra de salão, os presos jogam futebol num ambiente de Maracanã lotado. Cinco jogadores para cada lado. Os demais 1.810 presos apenas observam. O público é maior do que muitos jogos da maioria dos campeonatos regionais do Brasil.
Eu e mais três colegas, André, Nikolaos e Rafael, pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência da USP, entramos em duas das quadras, acompanhando do padre Valdir João da Silveira, padre Eugênio e Marcelo Naves, da Pastoral Carcerária, para conhecer mais de perto a realidade do sistema penitenciário paulista. Há um misto de tensão e curiosidade na entrada. Qual o efeito que a presença de quatro extraterrestres, chegando do nada, apresentados como estudantes da USP, pode ter naquela massa abandonada?
Descobrimos logo ao entrar. Eu carrego um bloquinho de anotação e uma caneta bic. É o suficiente para seja visto como uma boia jogada ao mar no meio de um naufrágio. Eles vão nos rodeando aos poucos. Bastava demonstrar algum interesse pelas histórias para que começassem uma fila de lamentações. Trajetórias trágicas que quase sempre se repetem, apesar de serem acusados por tipos de crime diferentes.
(...)



Bruno Paes Manso – Formado em economia (USP) e jornalismo (PUC-SP), trabalhou por dez anos como repórter no jornal O Estado de S. Paulo. Também atuou na Revista Veja, Folha da Tarde e Folha de S. Paulo. Atualmente faz pós-doutorado no Núcleo de Estudos da Violência da USP. Concluiu o mestrado e doutorado no departamento de ciências políticas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou o crescimento e a queda dos homicídios em São Paulo. É autor do livro O Homem X - Uma reportagem sobre a alma do assassino em SP, que ganhou o Premio Vladimir Herzog de melhor livro reportagem de 2006 – 04.06.2014
IN São Paulo no Divã – blog Estadão.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

O equívoco do fim da reeleição



É verdade que o uso da máquina por aqueles que estão no cargo se torna um fator que desequilibra a disputa. Ora, diante disso, o que os deputados federais decidiram? Optarão por extinguir a reeleição, em vez de limitar o uso da máquina. (...)
Quando não há reeleição, e isso já está longe em nossa memória, pois antecede 1998, aquele que ocupa o cargo não tem motivos para ser um bom administrador. Há quem recorra ao argumento de que o governante quer eleger o sucessor. Nada disso. O sucessor e aliado de hoje é o futuro adversário e inimigo político. (...)
Muitos se recordam vivamente dos tempos em que prefeitos e governadores, na impossibildiade de disputarem a reeleição, agiam de maneira a inviabilizar o mandato de seus sucessores deixando dívidas e passivos de todos os tipos.  


Alberto Carlos Almeida
Os legisladores, no âmbito da Câmara dos Deputados, aprovaram em primeiro turno o fim da reeleição. Tratase de um erro crasso quando se refere à reofrma de nossas instituições políticas. Crasso, em latim, significa gordo, espesso. Era também o sobrenome do general romano Marco Licinius, que, acreditando na pura e simples superioridade numérica de seu exército, atacou um povo persa que impedia a expansão de Roma sem considerar as táticas militres que já haviam sido testadas e aprovadas pelo Império que ele representava. Crasso acabou sendo derrotado.
Convencionou-se afirmar que a reeleição de Dilma desmoralizou o instituto da reeleição. Considerando-se verdadeiro o argumento, os deputados decidiram modificar uma legislação que tem amplo impacto positivo no funcionamento do sistema com o um todo por causa de apenas um caso. Se realmente o motivo foi esse, trata-se de algo lastimável. Alguns afirmam que os malefícios da reeleição vão além da eleição presidencial de 2014 e se aplicam a todas as eleições, para governadores e prefeitos. Dizem eles que o uso da máquina se tornou abusivo e que os ocupantes do Poder Executivo, no nível estadual ou municipal, levam grande vantagem sobre seus opositores.
(...)







Alberto Carlos Almeida – Cientista Político – 12.06.2015
IN Valor Econômico, versão impressa.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Os palestinos nos livros escolares de Israel


as construções de mundo feitas a partir dos livros didáticos, por serem as primeiras a se sedimentarem na mente das crianças, são muito difíceis de serem erradicadas

Nilva de Souza
Os palestinos nos livros escolares de Israel (Como se faz a desumanização de um povo )
Neste documentário, Nurit Peled-Elhanan fala de sua pesquisa relacionada com o conteúdo dos livros didáticos de Israel. Ela expõe em detalhes como estes livros são elaborados com o objetivo de desumanizar o povo palestino e fomentar nos jovens estudantes israelenses a base de preconceitos que lhes permitirá atuar de forma cruel e insensível com o mesmo durante o serviço militar.
Conforme explica Nurit Peled-Elhanan, as construções de mundo feitas a partir dos livros didáticos, por serem as primeiras a se sedimentarem na mente das crianças, são muito difíceis de serem erradicadas. Daí a importância que o establishment israelense dedica à ideologia a ser transmitida nos livros didáticos. Neles, os palestinos nunca são apresentados como seres humanos comuns. Nunca aparecem em condições que possam ser consideradas normais. Segundo Nurit Peled-Elhanan, não há nesses livros nem sequer uma fotografia de um palestino que mostre seu rosto. Eles são sempre apresentados como constituindo uma ameaça para os judeus.

Para ver o post original, acesse   http://advivo.com.br/node/1045640
Para ver a entrevista, acesse  https://www.youtube.com/watch?v=GCcV7AtYgwo




Nilva de Souza – 14.09.2012

IN Advivo.