em 2005, o total da mão de
obra empregada no serviço público era 39,2% na Dinamarca, 30,9% na Suécia,
24,9% na França, 14,8% nos EUA, 14,7% na Alemanha e apenas 10,7% no Brasil.
Nossa máquina pode padecer de outros males, mas não está inchada em comparação
com esses países ricos. Tampouco em relação aos nossos vizinhos da América
Latina podemos ser considerados um Estado inchado: estamos atrás de países como
Costa Rica, Venezuela, Uruguai, Argentina e Paraguai.
Cândido Vaccarezza
Uma das recorrentes acusações da oposição contra o governo Lula
refere-se ao suposto aparelhamento e inchamento do Estado. A distorção é
motivada pela guerra política, em que a verdade é a primeira vítima. O Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) acaba de publicar pesquisa
comparativa sobre as dimensões das máquinas públicas de diferentes países. Os
resultados desmentem a lenda de que o Estado nacional tem excesso de pessoal.
O governo entende como essencial o resgate do papel do Estado na
promoção do desenvolvimento social e econômico do país. A prática faz ainda
mais sentido agora, com o ressurgimento do neokeynesianismo. A defesa do Estado
mínimo soa totalmente antiquada, sobretudo depois das decisões tomadas na
reunião do G20.
O dados do Ipea desmontam as teses de quem defende o desmonte do Estado
brasileiro.
No trabalho "Emprego Público no Brasil: Comparação Internacional e
Evolução Recente", do Ipea, usou-se metodologia em que se define o
conceito de emprego público na sua forma mais ampla, consagrada pelas
publicações da OCDE. Isto é, no estoque do emprego público, incluem-se não
apenas os trabalhadores da administração direta em todas as esferas de governo,
mas também as ocupações da administração indireta e os empregados de empresas
estatais.
(...)
Para ler mais, acesse
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2204200908.htm
Cândido Vaccarezza – Médico, Deputado Federal pelo PT-SP e líder do partido na Câmara dos
Deputados – 22.04.2009
In Folha de São Paulo.