O filósofo Vladimir
Safatle afirma que o medo se transformou em um elemento de coesão de uma
sociedade refém de um discurso de crise permanente .
Almir de Freitas
Professor livre-docente do Departamento de Filosofia da Universidade de
São Paulo, Vladimir Safatle defende no livro O Circuito dos Afetos (Autêntica,
2016) que as sociedades se pautam não apenas por relações de troca de riquezas,
mas são também sistemas de “afetos” políticos. Na vida contemporânea, ele
assinala, o afeto hegemônico é o medo – medo que se transformou no elemento de
coesão de uma sociedade refém de um discurso de crise permanente, em que essa
crise virou ela mesma “uma forma de governo.” Na entrevista que se segue,
concedida por Safatle em sua sala na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
da USP, ele fala sobre esse estado de coisas, violência, amor e felicidade,
além do discurso “problemático” do humanismo. E ressalta, por fim, o papel fundamental
da obra de arte nas potencialidades de transformação social, ao modificar nossa
sensibilidade. “Toda verdadeira obra de arte é a instauração de uma nova
gramática”, afirma.
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Almir de Freitas – 2017.
Vladimir Safatle – Filósofo, Professor da USP.
IN Revista Bravo.