domingo, 27 de abril de 2014

20 anos após o genocídio em Ruanda



A comunidade internacional não pode afirmar estar preocupada com tais atrocidades e, em seguida, não comprometer os recursos e a vontade necessários para efetivamente preveni-los. Os líderes mundiais devem fazer mais para evitar o evitável, a crueldade que ocorre diante de nossos olhos.


 Ban Ki-moon
Hoje, na República Centro-Africana, líderes governamentais e comunitários estão se esforçando para ajudar o país a encontrar o caminho da paz.
Ontem, segunda-feira, dia 7 de abril, em Kigali, me uni ao povo de Ruanda para lembrar o 20º aniversário do genocídio que ainda ecoa por todo um arco de incertezas na região dos Grandes Lagos da África e na consciência coletiva da comunidade internacional.
Cada situação tem sua própria dinâmica. O mesmo acontece com o conflito sírio, que a cada dia faz novas vítimas. Mas cada uma delas tem suscitado um complexo desafio de vida ou morte: o que pode a comunidade internacional fazer quando inocentes estão sendo massacrados em grande número e o governo é incapaz ou relutante em proteger seu povo - ou, ainda, está entre os próprios perpetradores da violência? E o que podemos fazer para evitar que essas atrocidades inicialmente ocorram?
(...)
Para continuar a leitura, acesse: 
http://www.valor.com.br/opiniao/3508998/20-anos-apos-o-genocidio-em-ruanda



Ban Ki-moon – Secretário-geral das Nações Unidas –08.04.2014
In Valor Econômico. 


20 anos após genocídio, Ruanda ainda tenta trazer refugiados de volta para casa


Há cerca de 100 mil refugiados — em sua maioria, mulheres e crianças — que o país se esforça em repatriar.


Fabíola Ortiz
Há vinte anos, um massacre generalizado tomou conta de um dos países mais pobres do mundo. Entre abril e julho de 1994, cerca de 800 mil pessoas morreram no que ficou conhecido como o genocídio de Ruanda, promovido pelo governo de maioria hutu — que visava exterminar uma etnia inteira, os tutsis.
Vinte anos depois, o país continua a se reerguer e tenta trazer de volta todos os que fugiram do conflito. Hoje, 11 milhões de habitantes vivem neste que já foi considerado um dos piores países para se viver. Há cerca de 100 mil refugiados — em sua maioria, mulheres e crianças.
Muitos deles foram para países que fazem fronteira com Ruanda, como República Democrática do Congo, Tanzânia e Burundi. Nas regiões fronteiriças, já não existem mais campos de refugiados para ruandeses. Mas, eles ainda existem no Congo Brazzaville, Zâmbia, Uganda e Malaui.
Porém, como admite o próprio governo, ainda há muita desconfiança e não foi fácil para Ruanda começar a se reconstruir sem o total de sua população.
(...)



Fabiola Ortiz – 07.04.2014
IN Opera Mundi.