temos de perceber que, embora haja um crescente consenso de que a
escolaridade deve concentrar-se mais na
qualidade do que quantidade, há menos consenso quanto à forma de conseguir
isso. Alguns veem o problema como resultado de financiamento insuficiente,
enquanto outros gostariam de ver as escolas incentivarem alunos, funcionários e
professores. Os pesquisadores do Pisa veem um foco em ambos como frutíferos.
Eles enfatizam que, para todos os países, focar mais recursos nos estudantes
menos privilegiados é uma forma eficaz de melhorar as notas, e eles observam
que os países com melhores desempenhos, especialmente na Ásia, colocam ênfase
na seleção e treinamento de professores, priorizando investimentos
em capital humano de professores, em detrimento
de ampliar o número de alunos por sala de aula.
Morten Olsen e Ria Ivandic
De
sites de notícias a conversas em torno da mesa de jantar, um tópico pareceu ser
uma insaciável fonte de discussões no início de dezembro, quando a Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou os resultados do
Pisa 2012 (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). E ficou no ar
uma pergunta: deveríamos nós - economistas e autoridades governamentais -
preocupar-nos com os resultados do Pisa? E, mais importante, o que esses
resultados podem nos dizer sobre o presente e também sobre o mundo que virá?
Há
muito tempo já foi reconhecida a importância de investir em educação para
estimular o desenvolvimento de um país. Após décadas de reconhecimento sobre o
papel fundamental da educação, ela tornou-se consagrada como uma prioridade
mundial nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Além
de ter uma influência decisiva sobre a renda de uma pessoa, a educação
desempenha um papel central na explicação das diferenças entre os países em
termos agregados: a educação incrementa o capital humano inerente à força de
trabalho, o que aumenta a produtividade do trabalho e resulta em um nível mais
elevado do equilíbrio da produção (Mankiw, Romer e Weil, 1992). A educação
também aumenta a capacidade de inovar no âmbito da economia, acelerando a
adoção de novas tecnologias, promovendo, assim, o crescimento (Lucas; 1988).
(...)
Para continuar a leitura, acesse – http://www.valor.com.br/opiniao/3416824/o-aprendizado-e-o-desenvolvimento
Morten
Olsen – Professor de
Economia na IESE Business School; Ria Ivandic – Assistente de pesquisa na IESE
Business School – 03.02.2014
Tradução – Sergio Blum
IN Valor Econômico.