ATENDER AO CLAMOR ORTODOXO E
APOSTAR NA AUSTERIDADE, COMO EM 2011, TRAZ SÉRIO RISCO DE REFORÇAR A
DESACELERAÇÃO OBSERVADA EM TODOS os ITENS DE DEMANDA PRIVADA E NOS ATIRAR EM
UMA RECESSÃO.
(...)
PRECISAMOS DE ALTERNATIVAS AO
TRIPÉ DO RETROCESSO, COM A AMPLIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PÚBLICOS ARTICULADOS A
UM PLANO SISTEMÁTICO DE RECUPERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PRIVADOS.
Pedro Bastos
e Carlos de Medeiros
No
artigo “O manifesto do retrocesso” (19.11.2014), Pedro Ferreira e Renato
Fragelli criticam o “Manifesto dos economistas pelo desenvolvimento e inclusão
social”. Embora o manifesto critique a austeridade, nossos críticos mal justificam
sua opção pela austeridade e atacam o manifesto pelo que não faz: a defesa do
governo Dilma.
O manifesto rejeita sim as críticas ortodoxas
feitas ao governo, que são rejeitadas pelos articulistas. O Governo Lula teve
êxito na operação anticíclica (criticada pelos neoliberais) que defendeu o
emprego e a inclusão social em 2009. A economia recuperou-se com o aumento do
investimento público e incentivos ao gasto privado, e a recuperação melhorou em
seguida o resultado fiscal.
Nosso
dilema começa quando Henrique Meirelles, então presidente do Banco Central,
pouco fez para limitar a apreciação cambial em 2010. Embora a depreciação de
2008 mal tivesse impacto inflacionário e tenha compensado apenas parte da
apreciação desde 2003, foi revertida com os fluxos financeiros atraídos pelo
diferencial de juros oferecidos por Meirelles.
(...)
Para continuar a leitura,
acesse http://www.valor.com.br/opiniao/3879526/o-tripe-e-o-retrocesso
Pedro Bastos
– Professor associado Livre Docente da UNICAMP;
Carlos de Medeiros – Professor titular da
UFRJ – 27.01.2015
IN
Valor Econômico, ed. impressa.