Cientista
político e presidente do Ipea rejeita, em novo livro, interpretações do Brasil
como a de Sérgio Buarque de Holanda. Negando a ideia de que jeitinho e
corrupção sejam exclusividades nacionais herdadas da colonização, aponta o
“racismo de classe” e o abandono dos excluídos como raízes dos problemas do
país.
Marcelo Coelho
Confusão entre o público e o privado, compadrio,
herança católica portuguesa, predomínio das relações pessoais e familiares
sobre o sistema de mérito, corrupção. Ao contrário do que em geral se pensa,
nada disso é característica exclusiva do Brasil.
Para Jessé Souza, presidente do Ipea (Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada), vinculado ao Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, e doutor em sociologia pela Universidade de Heidelberg
(Alemanha), criou-se no Brasil, à esquerda e à direita, um legado de equívocos
a partir do pensamento de Sérgio Buarque de Holanda (1902-82), que merece ser
classificado como um verdadeiro “complexo de vira-lata”.
(...)
Para continuar a leitura, acesse http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2016/01/1727369-a-quem-serve-a-classe-media-indignada.shtml (ou http://www.substantivoplural.com.br/quem-serve-classe-media-indignada/
)
Marcelo Coelho – 10.01.2016
Jessé Souza – Sociólogo, Professor Universitário e presidente do IPEA.
IN Folha de São Paulo (Republicado em
Substantivo Plural).