Evgeny Morozov – “Se o ativismo
on-line fosse voltado apenas para levantar fundos, eu seria seu defensor. Mas
sua razão de ser hoje é a assinatura de petições e a participação em
comunidades do Facebook. É preciso participar da vida política se quisermos
mudanças. Meu problema com o ativismo preguiçoso (o slacktivism) é que ele não
tem foco.
(...)
É necessário que jornalistas e intelectuais lidem
com essa questão de forma mais crítica. A maior parte das pessoas envolvidas no
ativismo on-line tem vivência zero em estratégias tradicionais. Elas pensam com
uma experiência tecnológica e acham que vão mudar o mundo com alguns
algoritmos. Falta perspectiva histórica e política para trazer profundidade
intelectual ao debate”.
Maurício Meireles
Salvem as baleias do Ártico e as crianças africanas. Petições assim
circulam na internet em busca de apoio às causas mais diversas. Você pode
jamais ter assinado uma delas – mas sua caixa de correio com certeza já recebeu
inúmeras. A revolta virtual que motiva campanhas assim pode aliviar a
consciência, mas não resolve nada. É o que afirma o pensador bielorrusso Evgeny
Morozov. Pesquisador da Universidade Georgetown, nos Estados Unidos, ele até
criou um termo para descrever as campanhas que tentam mobilizar as pessoas por
meio da web. É o slacktivism (algo como ativismo preguiçoso, em português). Na
opinião de Morozov, que defende suas ideias no blog Net.effect, essa onda
contagia as pessoas que têm preguiça de se envolver em causas, mas são ansiosas
por se sentir ativas.
(...)
Para continuar
a leitura, acesse http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI120397-15227,00-O+ATIVISMO+ONLINE+E+PARA+PREGUICOSOS.html ( ou http://www.boapolitica.com.br/opiniao/o-ativismo-on-line-para-preguiosos-segundo-evgeny-morozov/ )
Maurício Meireles – 20.08.2010.
Evgeny Morozov – Editor
contribuinte da revista Foreign Policy e pesquisador do
Instituto de Estudos Diplomáticos da Universidade Georgetown, em Washington,
EUA .
IN revista Época (Republicado em "Boa Política").