segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Hoje na História: 1821 - Ata de Independência da América Central é assinada


Ao contrario dos demais países da região, com exceção do Panamá, foi um processo relativamente pacífico.

Max Altman 
A Ata de Independência da América Central do domínio espanhol foi assinada em 15 de setembro de 1821 por parte dos atuais países – Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. Tal capitania estava então conformada pela Província de Guatemala, Chiapas, Comayagua, San Salvador e a província de Nicarágua e Costa Rica.
Ao contrario dos demais países da região, com exceção do Panamá, foi um processo relativamente pacífico. O movimento independentista centro-americano tomou como exemplo a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa, além de ter sido influenciado pelas ideias do reformismo ilustrado espanhol e do Iluminismo racionalista europeu.
A independência centro-americana tomou impulso em seguida à ocupação da Espanha pelas tropas de Napoleão em 1808. O primeiro movimento independentista na América Central se deu em 5 de novembro de 1811, quando uma conspiração encabeçada pelos padres José Delgado e Nicolás Aguilar tentou apoderar-se de armas depositadas numa casamata de San Salvador e de 200 mil pesos depositados nas arcas reais, que consideraram suficiente para o grito de liberdade.
Os fuzis seriam colocados em mãos desta cidade, em seguida desconheceriam a autoridade do intendente da província, fundariam uma Junta Popular de governo e procurariam levar o movimento a todas as províncias. A ele, seguiram-se as revoltas na Nicarágua, a Conjuração de Belén, e outros de 1814 a 1821.
Foi enorme a repercussão da independência dos Estados Unidos e da Carta de Filadélfia de 1776. Nela se estipulava que os governos tinham a obrigação de garantir a liberdade, a vida e a felicidade dos habitantes; se não cumprissem essa obrigação, as pessoas podiam substituí-los. Essas ideias ressoaram na mente dos criollos – pessoas nascidas no continente latino-americano, porém filhos de europeus.
Os ideais do reformismo ilustrado espanhol e do iluminismo racionalista europeu também repercutiram na América Central. No final do século 18 obras de autores como Montesquieu, Rousseau e dos enciclopedistas chegavam à biblioteca de ilustres criollos e espanhóis.
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Max Altman – 15.09.2013
In  Opera Mundi.