Agregar
educação alimentar ao cardápio de proteínas e carboidratos é um requisito para
que a vitória contra a carência não se torne no momento seguinte em derrota
para o excesso. A dieta saudável como política pública é a nova fronteira da
segurança alimentar no mundo.
José Graziano da Silva
A
obesidade e a forme enquadram-se numa matriz de falsos opostos. Trata-se de um
paradoxo que marca importante dimensão da segurança alimentar e nutricional na
atualidade, especialmente nos países desenvolvidos e de renda média, como a
maioria dos páises latino-americanos e caribenhos hoje.
Dos 42
milhões de menores de cinco anos que apresentam sobrepeso no mundo, 35 milhões
(83%) vivem em países com esse perfil, explica a Organização Mundial da Saúde
(OMS).
A lição é clara: em sociedades que fizeram
grandes progressos na erradicação da fome, e o Brasil é um caso, há que se
prevenir retrocessos e aumentar a resiliência do que foi conquistado. Isso
inclui reverter a curva ascendente que faz do sobrepeso e da obesidade uma contrapartida
da maior quantidade disponível de calorias.
(...)
José Graziano da Silva –
Diretor Geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
(FAO) – 04.02.2016
IN
Valor Econômico, edição impressa.