Autores repelem argumentos de economistas clássicos acerca do papel
da austeridade na redução da relação dívida/PIB e na retomada do crescimento. O
texto critica a proposta de teto para gastos públicos, que adiaria o reencontro
do país com a prosperidade.
Pedro Paulo Zahluth Bastos e Luiz Gonzaga Belluzzo
Fomos
honrados pela citação de nosso artigo (publicado no site da "Ilustríssima") por Luiz Fernando de
Paula e Elias Jabbour, que
responderam a um artigo polêmico de Marcos Lisboa e
Samuel Pessôa a respeito da diferença entre direita
e esquerda em economia. Concordamos em geral com a resposta, mas pretendemos
levantar novos elementos para reflexão.
O
argumento central de Lisboa e Pessôa é que, nos EUA, os debates entre direita e
esquerda são resolvidos com o uso de métodos quantitativos de verificação de
hipóteses e que, no Brasil, isso não se faz. Nesse sentido, o fenômeno da
heterodoxia "sem uso de dados" seria tipicamente brasileiro, como
reiterado em novo artigo de Lisboa e Pessôa em 04/09.
Os
equívocos de Lisboa e Pessôa são diversos e alguns deles foram apontados por de
Paula e Jabbour. Primeiro, não é verdade que praticamente não existam
heterodoxias fora do Brasil, mas apenas divisões entre esquerda e direita no
seio da "economia tradicional". Esse desconhecimento reflete o fato
de que as faculdades neoclássicas não estudam as heterodoxias, embora os
heterodoxos estudem e saibam bem por que rejeitam a ortodoxia neoclássica.
(...)
Para continuar a leitura, acesse http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2016/10/1820798-uma-critica-aos-pressupostos-do-ajuste-economico.shtml
Pedro Paulo Zahluth Bastos – Economista e Professor da Unicamp.
Luiz Gonzaga Belluzzo – Economista e Professor da Unicamp – 18.10.2016.
In Folha de São Paulo, Ilustríssima.