A narrativa primordial dos partidos de esquerda
está marcada pela denúncia de golpe parlamentar que deu origem a um governo
usurpador, cujo objetivo primordial é destruir conquistas históricas do povo
brasileiro, atropelando a Constituição e o regime democrático.
Como essa tese poderia continuar a ser tratada com
seriedade se PT e PCdoB apoiarem nomes representativos do golpismo, batendo
palmas e arregimentando votos ao lado das principais lideranças
reacionárias e dos chefes governistas?
Breno Altman
O PT e o PCdoB estão novamente às voltas com
decisões a tomar sobre quem apoiarão para presidir as duas casas legislativas.
Parte de suas bancadas parlamentares, na Câmara dos
Deputados e no Senado, não esconde a tentação de apoiar candidaturas da base
governista, como é respectivamente o caso de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício
Oliveira (PMDB-CE).
Aliados a fórmulas vencedoras, petistas e comunistas
poderiam conquistar cargos nas mesas diretoras, melhores condições de atuação
nas comissões internas e até alguma barganha, de natureza progressista, na
agenda de votação do próximo biênio.
Os defensores de acordos deste naipe ressaltam que a
disputa pelo comando legislativo responderia a equilíbrios internos do
parlamento, mais ou menos maleáveis às minorias em função das forças e
personagens que vierem a predominar.
(...)
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Breno Altman – 09.01.2017.
IN Opera Mundi.