Punir
mais, como quer o Ministro da Justiça, é querer alimentar a insegurança dos cidadãos.
E tem custo que o Estado falido não suporta.
Sérgio Salomão Shecaira
Definitivamente, o
ministro Alexandre de Moraes não é do ramo. Já foi presidente da CET (Companhia
de Engenharia de Tráfego) e secretário municipal de Serviços de Transportes de
São Paulo. Falta-lhe no entanto, o estofo para enfrentar o cotidiano do
Ministério da Justiça. Sua gestão permitia supor uma tragédia anunciada. E as
tragédias ocorreram.
Os avanços pontuais –
e que não foram tantos – do Ministério da Justiça foram destruídos. A nem tão
progressista política de drogas foi varrida pelas imagens de um ministro
cortando pés de maconha e declarando guerra às drogas.
Até a ONU está
percebendo que tal guerra não está dando muito certo. Basta ver o poderio
econômico do tráfico no Brasil e no mundo. Se o Brasil tem um dos maiores
incrementos de população carcerária do planeta é porque a guerra inunda os
presídios com pequenos traficantes. E não resolve o problema da criminalidade.
Bem ao contrário.
(...)
Para continuar a leitura,
acesse http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2017/01/1850723-um-governo-do-fim-do-mundo.shtml
Sérgio Salomão Shecaira – Professor de
Criminologia na USP – 19.01.2017.
IN Folha de São Paulo.