A reportagem ouviu nove profissionais do direito, dentre
advogados sem relação com o caso e especialistas de renome em
processo penal, e a eles
submeteu a reclamação constitucional e
os documentos obtidos. Os juristas afirmam que a Operação Lava
Jato, já há algum tempo, deveria ter sido retirada da 13ª Vara Federal de
Curitiba, além de ter sido palco de abusos de legalidade.
Pedro Lopes e Vinícius Segalla
Nas últimas semanas, a operação Lava Jato levantou polêmica ao divulgar
conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a atual
presidente Dilma Rousseff (PT). Os questionamentos sobre a legalidade
da investigação, entretanto, surgem desde sua origem, há quase dez anos.
Documentos obtidos pelo UOL apontam indícios da existência de uma prova ilegal
no embrião da operação, manobras para manter a competência na 13ª Vara
Federal de Curitiba, do juiz Sergio Moro, e até pressão sobre
prisioneiros.
Esses fatos são alvo de uma reclamação constitucional, movida pela defesa
de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, no STF (Supremo Tribunal
Federal). A ação pede que as investigações da Lava Jato que ainda não
resultaram em denúncias sejam retiradas de Moro e encaminhadas aos juízos
competentes, em São Paulo e no próprio STF. Para ler a íntegra do
documento, clique aqui.
Como presidente do Instituto Lula, Okamotto também foi alvo da 24a fase da operação. Ele foi ouvido pela força-tarefa para tentar
esclarecer como o instituto e a LILS Palestras receberam R$30 milhões de
empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras. Parte do dinheiro
foi transferido do Instituto Lula para empresas de filhos do ex-presidente,
segundo a investigação.
(...)
Para
continuar a leitura, acesse http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/04/03/documentos-indicam-grampo-ilegal-e-abusos-de-poder-na-origem-da-lava-jato.htm
Pedro Lopes e Vinícius Segalla –
03.04.2016.
IN Portal Uol.