quarta-feira, 5 de outubro de 2016

"É preciso construir política de educação em direitos humanos", diz secretário



Rogério Sotilli – “Nosso país tem uma cultura de violência. A violência é naturalizada. Quantos pais batem nos filhos e pensam que estão educando? Tem uma cultura de violência física naturalizada. As pessoas pensam que é natural bater, reprimir. Então, nós precisamos mudar essa cultura de violência. Então, é preciso construir uma política de educação em direitos humanos. Uma política que comece a trabalhar, na escola, novos valores, do respeito à diversidade; sobre como é importante se relacionar com imigrante, que é parte da nossa cultura; sobre como a população LGBT é parte do nosso dia a dia, e que é saudável que as pessoas sejam diferentes”.

Marcelo Brandão
Defensor da política de desarmamento e do combate ao trabalho escravo, o secretário Especial de Direitos Humanos, Rogério Sottili, mostrou-se preocupado com debates no Congresso Nacional que, segundo ele, “colocam em risco” avanços na política de direitos humanos. “Com a fragilização do governo no primeiro ano, houve a rediscussão de vários temas importantes para os direitos humanos. Então, tudo ficou muito nebuloso”, disse Sottili em entrevista exclusiva à Agência Brasil.
O secretário citou ainda um projeto em parceria com o Ministério da Educação para estimular o respeito às diferenças ainda na escola, como forma de combater a intolerância e o preconceito. "É preciso construir uma política de educação em direitos humanos. Uma política que comece a trabalhar, na escola, novos valores, do respeito à diversidade", afirmou. Segundo ele, a medida deve ser posta em prática ainda este ano.
Sobre o Disque 100, Rogério Sottili, destacou que o módulo dos idosos é um dos que mais registraram aumento de denúncias de violação de direitos humanos, principalmente em relação à negligência ou exploração financeira, econômica. “Não tenho a menor dúvida de que o Disque 100 é hoje um dos instrumentos mais importantes de promoção dos direitos humanos. Na medida em que ele se constitui num canal de recebimento de denúncia, ele passa a ser um canal de proteção”, ressaltou.
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Marcelo Brandão – 28.01.2016
Rogério Sotilli – Secretário Nacional de Direitos Humanos.
IN Agência Brasil EBC.


Sottili quer 'mais e mais direitos' e 'ser humano no centro das políticas'


Novo secretário de Direitos Humanos defende articulação com ministérios e aposta na participação para aprofundar a democracia.

Redação RBA
São Paulo – Ao assumir como secretário nacional de Direitos Humanos, Rogério Sottili defende o aprofundamento da democracia com participação social e a articulação entre ministérios para o desenvolvimento de políticas na área. No momento em que cresce o acirramento de movimentos conservadores, que atacam direitos sociais já conquistados, Sottili promete avançar. "Nós vamos trabalhar numa perspectiva de pensar os direitos humanos numa forma que promova mais e mais direitos para as populações", diz o novo secretário.
Em entrevista à repórter Marilú Cabañas, da Rádio Brasil Atual, Sottili refere-se ao novo desafio à frente da Secretaria Nacional de Direitos Humanos com o verbo ajudar. Ele revela que sonhou a vida inteira em poder ajudar a construir um Brasil fincado em valores de solidariedade, desenvolvimento humano e de direitos humanos, como um todo.
"É da minha natureza. Eu acredito nisso, e acredito nos direitos humanos como o programa máximo de qualquer país. É extremamente revolucionário, porque coloca a pessoa no centro das preocupações, coloca o ser humano como centro das políticas públicas.”
A secretaria é vinculada ao recém-criado Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, comandado por Nilma Lino Gomes. A escolha de Sottili é o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por ele na própria secretaria, durante a gestão do ministro Paulo Vannuchi, no governo Lula, e na secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da prefeitura de São Paulo, no governo Haddad.
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Redação RBA – 06.10.2015
Rogério Sotilli – Secretário Nacional de Direitos Humanos.
IN Rádio Brasil Atual.