quinta-feira, 13 de outubro de 2016

PEC beneficia os mais ricos e prejudica acesso a serviços públicos, diz economista


a PEC 241 praticamente anula a possibilidade de o Estado atuar como indutor do crescimento, investindo em obras públicas, estimulando o emprego e a renda.
Ele [Guilherme Mello] contesta ainda o argumento que justifica o congelamento com o pretexto de que os gastos públicos tiveram crescimento descontrolado nos últimos anos. Na comparação, Mello afirma que durante a gestão Dilma o crescimento dos gastos foi menor que durante o governo Lula, e similar aos baixos números registrados durante o governo FHC, e chama a atenção que o maior impacto fiscal fica por conta do pagamento dos juros da dívida pública, área não afetada pela PEC 241.


Redação RBA
"No fundo, é uma PEC que não resolve o problema fiscal e beneficia claramente um grupo social, que são os mais ricos, e prejudica claramente aqueles que dependem dos serviços públicos e da Previdência", afirma o economista Guilherme Mello, sobre a aprovação em primeiro turno, na noite de ontem (10), da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos por 20 anos, e vem sendo chamada de PEC do fim do mundo. Ele foi entrevistado na manhã de hoje (11) pela Rádio Brasil Atual.
Segundo o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a proposta beneficia os que detêm títulos da dívida pública, já que todo o eventual incremento de arrecadação não poderá ser investido em setores como saúde e educação.
"Quando o país voltar a crescer – em algum momento no futuro próximo – todo o aumento de arrecadação do governo não será destinado para financiar as áreas sociais. Será destinado ao pagamento de juros para os detentores da dívida pública. É uma escolha política", afirma o economista.
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Redação RBA – 11.10.2016.
Guilherme Mello – Economista, professor da Unicamp.
In Rede Brasil Atual.