flexibilizar a lei trabalhista, especialmente com a terceirização
sem limite e o trabalho intermitente, não garante a mudança desse quadro.
Na verdade, outros problemas surgirão: os empregos serão mais
precários, a renda dos trabalhadores e a capacidade de compra diminuirão.
Ricardo Patah
A devastação é total. Nem na ditadura militar houve uma ofensiva tão
grande contra os direitos dos trabalhadores e suas representações sindicais.
O governo Michel Temer (PMDB) e o Congresso Nacional perpetraram tal
golpe sem qualquer tipo de discussão com a sociedade, visando apenas a agradar
à elite empresarial e financista.
Usou-se o pretexto de que a reforma trabalhista ajudaria na criação de
empregos e na melhora da economia. No entanto, nenhum desses objetivos será
atingido.
Logo após a aprovação das novas regras, começaram as demissões no
Bradesco, na Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, através de planos de
demissões voluntárias. O governo fez ampla divulgação da criação de algumas
vagas, especialmente na agricultura. Mas há um detalhe: elas foram criadas pela
legislação antiga, agora demolida.
O governo, que poderia ser o indutor do crescimento econômico, não tem
recursos nem mesmo para manter a máquina pública em funcionamento. Corta
despesas em serviços essenciais, como saúde, educação e segurança.
Sobram verbas, porém, para as emendas dos parlamentares que votam em benefício
do Palácio do Planalto-foi liberado R$ 1 bilhão nos dois últimos meses.
(...)
Para continuar a leitura, acesse http://m.folha.uol.com.br/opiniao/2017/07/1903422-a-reforma-trabalhista-vai-contribuir-para-a-recuperacao-da-economia-nao.shtml
Ricardo Patah – Presidente Nacional da União Geral dos Trabalhadores – 22.07.2017.
In Folha de S. Paulo.