Eles são jovens, antimídia, odeiam a Rede Globo e Reinaldo Azevedo
(considerado comunista); defendem as Forças Armadas, o torturador Coronel
Brilhante Ustra e se autodeclaram fascistas, xenófobos e homofóbicos; veja
conversas.
Diógenes Muniz
Sexta-feira, 15 de abril, 1h da tarde. Jair Bolsonaro acena de dentro do
Rolls-Royce de cerimônias usado para a posse dos presidentes brasileiros. O
político do PSC (Partido Social Cristão) veste a faixa presidencial sobre o
terno preto e usa óculos Thug Life (aqueles que cobrem os olhos de quem
supostamente acaba de “mitar” na internet). Sob a montagem, uma legenda sugere:
“Se você acredita que isso se tornará realidade, deixe o seu amém”.
Em poucos segundos, améns vindos de vários cantos do país tomam a tela.
Emojis com mãos ao alto ou rezando, além de carinhas felizes com lágrimas e
corações coloridos aparecem ao lado das exaltações religiosas.
Criado em outubro de 2015, o grupo Direitas Já tem cerca de 170
membros de todas as regiões do Brasil. A maioria dos integrantes é jovem, na
faixa dos 18 aos 30 anos. Entre os números que constam em sua lista de membros
estão os de Eduardo Bolsonaro e de seu pai, Jair.
Nenhum dos dois é ativo. Bolsonaro pai nada publica ou lê. Já o filho (ou
sua equipe) às vezes joga vídeos contra o governo e a esquerda. Suas interações
são recebidas com uma profusão de emojis de aplausos em apoio ao “Bolsokid”,
como é carinhosamente apelidado pelos seguidores.
Um dos mais participativos do fórum, o cearense Janderson Guerra, 22,
define o Direitas Já como uma reunião de “jovens, estudantes universitários de
direita, conservadores e cristãos”.
(...)
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http://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/44107/o+que+vi+nos+20+dias+que+passei+em+um+grupo+de+apoiadores+de+jair+bolsonaro+no+whatsapp.shtml
Diógenes Muniz – 10.05.2016.
IN Ponte Jornalismo (Reproduzido por Ópera Mundi).