segunda-feira, 30 de junho de 2014

PEC 37: o que as ruas não perceberam


“Graças à pressão das manifestações de junho, o Congresso repeliu uma proposta que favoreceria a impunidade.” Essa história foi alardeada aos quatro ventos. Agora, vamos aos fatos.

Rogério B. Arantes

Digite “PEC” no Google e o recurso de autocompletar oferecerá em adição o número “37”. Abra as páginas sugeridas e você encontrará uma grande quantidade de matérias e documentos produzidos sobre a proposta de Emenda Constitucional 37. Mais do que isso, o fato de ocupar o topo do ranking da ferramenta indica que uma quantidade avassaladora de pessoas esteve em busca de informações a respeito. Certamente, nenhuma PEC teve tanta repercussão e gerou tamanha mobilização nos últimos tempos como a 37.

A proposta tramitava sem muito alarde no Congresso e, na opinião de muitos parlamentares, tinha grandes chances de ser aprovada, até que, pela via das manifestações de junho, foi apelidada de “PEC da Impunidade” e passou a ser alvo das grandes marchas populares. Também a mídia abraçou a causa da sua derrubada e o resultado final da votação pela Câmara dos Deputados foi de 430 votos contrários e apenas 9 votos a favor.

A verdade é que tudo se passou muito rapidamente, sem que tivéssemos chance de discutir com mais vagar o assunto. A explosão das ruas, suscitada inicialmente pela questão da tarifa do transporte coletivo, esparramou-se por outras tantas causas até encontrar a PEC 37. Apesar de alcançar os trending topics do Twitter, o grau de conhecimento sobre as razões da proposta não chegou a ser alto entre os manifestantes, seja nas vias urbanas, seja nas virtuais.

Entre os poucos deputados que votaram a favor da PEC, encontrava-se Lourival Mendes, do PTdoB do Maranhão, delegado de polícia e liderança associativa da categoria em seu estado. Mendes fora o autor da proposta e terminou abraçado a ela heroicamente.

O que poucos sabiam é que essa derrota não havia sido a primeira sofrida pelo deputado maranhense. No âmbito da comissão especial que discutiu a PEC 37, Mendes viu sua proposta ser desfigurada, tendo votado contra o substitutivo apresentado pelo relator, o deputado Fabio Trad (PMDB/MS). Ao final, o texto de Trad foi aprovado pela comissão, contra a vontade do pai da ideia original.

Como explicar o fato de o deputado autor da PEC 37 ter sido derrotado duas vezes, uma vez votando contra, outra vez votando a favor? A explicação reside no fato de que o texto levado ao plenário da Câmara no dia 25 de junho de 2013, sob a pressão das ruas, não foi o elaborado pela comissão, mas sim a proposta original do próprio Mendes. A manobra foi conduzida pelo PMDB momentos antes da votação, solicitando que o texto original, e não o elaborado pela comissão, viesse a plenário.


(...)

Para continuar a leitura, acesse: http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1534  









Rogério B. Arantes – Professor doutor do Departamento de Ciência Política e coordenador da pós-graduação em Ciência Política da Universidade de São Paulo – 01.11.2013
IN Le Monde Diplomatique Brasil. 

sábado, 28 de junho de 2014

Setor privado pode atrasar meta do programa Ciência sem Fronteiras

 

Das 101 mil bolsas, o compromisso público é financiar 75 mil. Em pouco mais de dois anos, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgãos federais que operam o programa, concederam 57,2 mil bolsas, mais de 75% do objetivo público.
Com meta bem inferior, de 26 mil bolsas, o setor privado só conseguiu desenrolar pouco mais de 3,6 mil auxílios a estudantes e pesquisadores - menos de 15% do objetivo acordado.

Luciano Máximo
Um desentendimento entre indústria e governo e a alegação, por parte do setor de infraestrutura, de dificuldades para levantar recursos colocam em risco o cumprimento da meta do Ciência sem Fronteiras, programa federal de concessão de bolsas de estudo para estudantes e pesquisadores brasileiros em universidades estrangeiras. A política é conduzida em parceria. Enquanto a execução governamental atinge níveis altos, a do setor privado tropeça e poderá comprometer o resultado final.
Lançado no primeiro ano de gestão da presidente Dilma Rousseff, o Ciência sem Fronteiras é considerado uma das principais marcas de sua administração e arma do PT para a campanha eleitoral. Com ele, o governo promete formalizar até o fim deste ano o envio de 101 mil bolsistas para cursos em áreas estratégicas (engenharia, saúde, tecnologia) de graduação, mestrado profissional, doutorado e pós-doutorado em universidades dos Estados Unidos, Europa, Ásia e Oceania.
Das 101 mil bolsas, o compromisso público é financiar 75 mil. Em pouco mais de dois anos, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgãos federais que operam o programa, concederam 57,2 mil bolsas, mais de 75% do objetivo público.
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Para continuar a ler, acesse: http://www.valor.com.br/brasil/3430188/setor-privado-pode-atrasar-meta-do-programa-ciencia-sem-fronteira





Luciano Máximo – 13.02.2014

IN Valor Econômico. 


quarta-feira, 25 de junho de 2014

De junho a junho


No balanço de um junho a outro o que fica? Mudou a atitude do Executivo federal, que rumou para o diálogo com os movimentos sociais. Já a conduta da polícia permanece inalterada, parecida ainda àquela que levou cidadãos sem vínculos com movimentos ou partidos a engrossarem o protesto em 2013.

Angela Alonso
Junho do ano passado surpreendeu. Este junho não. Em 2013, os protestos foram raio em céu azul. Em 2014, chovem no molhado, pois há um ano as manifestações se tornaram uma constante. Isto não quer dizer que sejam as mesmas. Muita coisa mudou de um junho a outro.
Mudaram os manifestantes. Em junho de 2013, foram para rua ativistas de novos e velhos movimentos sociais, mas também pessoas que nunca tinham participado de manifestações, estreantes na política. Já neste ano, prevalecem ativistas profissionais, isto é, os que se dedicam à política como atividade rotineira, engajados em movimentos consolidados e já organizados há algum tempo, como o MSTU. Os sindicatos, coadjuvantes em junho passado, recuperaram protagonismo, como se viu na greve do metrô em São Paulo. E dos "novos" ativistas de junho passado, os que persistem não são os cibernéticos - o "saímos do Facebook" - mas os com base organizacional clara e reuniões presenciais consecutivas, caso do MPL e dos comitês contra a Copa. Aliás, a prometida internacionalização do protesto, que se supunha a Copa traria, ainda não se confirmou.
Voltaram à cena os partidos. Depois da recusa virulenta a eles em junho passado, suas bandeiras tornam a tremular nas manifestações. E a colori-las de vermelho. O traço socialista, se não ausente, tímido em junho de 2013, agora povoa a maioria dos eventos, nos quais circula miríade de movimentos, sindicatos e pequenos partidos, todos à esquerda. Em junho passado, havia gente do outro lado. Esse protesto à direita do governo arrefeceu como manifestação organizada, embora siga difuso, em expressões eventuais de pequenos grupos e em manifestações públicas coletivas sem orquestração prévia, como no xingamento à presidente da República na estreia do Brasil na Copa.
(...)




Angela Alonso – Professora livre-docente do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo, diretora científica do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) – 20.06.2014
IN Valor Economico – versão impressa.

domingo, 22 de junho de 2014

Feminismo para leigos


É comum escutar: "Não sou feminista, sou feminina"; "Não sou feminista e nem machista". Mas será que você sabe o que é feminismo? Descubra.

Clara Averbuck
É assustadora a quantidade de gente que não sabe o que é feminismo. Ninguém tem a obrigação de saber, é claro, mas a partir do momento em que você decide opinar sobre um assunto, é de bom tom saber do que se trata.  As pessoas são "contra" o feminismo sem sequer saber o que significa.
É comum escutar:
"Não sou feminista, sou feminina",
"Não sou feminista e nem machista",
"Não sou feminista e nem machista, sou humanista",
"Não sou feminista, os homens são meus amigos" (essa chega a causar azia),
"Não sou feminista, acho que todos deveriam ser tratados igualmente e ter os mesmos direitos".
Bom, vamos lá.
Feminismo não prega ódio, feminismo não prega a dominação das mulheres sobre os homens. Feminismo clama por igualdade, pelo fim da dominação de um gênero sobre outro. Feminismo não é o contrário de machismo. Machismo é um sistema de dominação. Feminismo é uma luta por direitos iguais.


Clara Averbuck – 28.06.2013
IN Carta Capital. 


quinta-feira, 19 de junho de 2014

“Não cabe ao Judiciário criar leis eleitorais”, diz professor


O Professor da UFABC VITOR MARCHETTI CRItica a intromissão do judiciário em assuntos de competÊncia do legislativo: "Desde a redemocratização, nós passamos por um período de instabilidade no país, de redefinição da constituição, de impeachment, instabilidade da moeda... A partir de 2002 é que a gente tem um cenário distinto. um dos argumentos que a justiça eleitoral e seus defensores utilizam é que o tse simplesmente está ocupando o espaçõ queo sistema político não ocupa, fazendo a reforma que eles não fazem. Sou veemente contra esse diagnóstico, porque acho que não há elemento empírico que sustente essa afirmação".

Sérgio Rodas Oliveira
Desde 2002, as principais alterações nas regras eleitorais brasileiras têm sido feitas pelo Judiciário, e não pelo Legislativo, a quem normalmente caberia essa função. Com isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) quebraram a tradição de serem órgãos organizadores e fiscalizadores das eleições e passaram a influenciar fortemente a vida política no País.
Esse processo, chamado de “judicialização da competição política”, é analisado pelo professor de Ciências Políticas da Universidade Federal do ABC Vitor Marchetti, no livro “Justiça & Competição Eleitoral” (Universidade Federal do ABC).
Na obra, Marchetti analisa os detalhes e as circunstâncias das cinco decisões mais relevantes do TSE e do STF para o cenário eleitoral brasileiro. São elas: a obrigatoriedade dos partidos manterem coligações coerentes nos planos federal e estadual (a verticalização); a controvérsia a respeito do número de vereadores por município; a medida que restringia os recursos públicos às agremiações que obtivessem um determinado número de votos (a cláusula de desempenho); a forma de distribuição dos valores oriundos do fundo partidário; e a proibição de os políticos trocarem de legenda durante o exercício do mandato (a chamada fidelidade partidária).
(...)





Sérgio Rodas Vieira 15.04.2014
Vítor Marchetti – Cientista Política, professor da UFABC.
IN Terra Magazine. 

terça-feira, 17 de junho de 2014

The trouble with democracy


Government shutdowns, petty policy squabbles, voter disaffection – democracy doesn't seem to work very well. But what's the alternative? And can we rely on muddling through?

David Runciman
It has been a bad few months for western democracy. Over the summer we discovered that while democratic citizens and their elected politicians were going about their everyday business, the secret services were routinely eavesdropping on everything they did. It was bad enough to suppose that the politicians were conniving in this. More disturbing was the thought that even the politicians were being kept in the dark about what was going on.
Then, in September, we had the spectacle of western leaders trying to take a lead on Syria, only to be stymied by their legislatures, which wouldn't let them do anything (the British parliament didn't express a decisive view, not even against the use of force; it simply rejected all the options put to it, like a sulky child). Principled positions on both sides of the argument got lost in the fog of partisan politicking. As Obama, Cameron and Hollande floundered around looking for a workable policy on Assad's chemical arsenal, Putin stepped in at the last moment to save the day. It was a humiliation he compounded with a crowing article in the New York Times that highlighted the advantages of mature statesmanship over democratic skittishness.



David Runciman – Cientista político britânico, professor de teoria política em Cambridge – 08.11.2013
IN The Guardian. CMP=fb_gu

sábado, 14 de junho de 2014

México es el único país de AL donde creció la pobreza: Cepal


Subió a 60.6 millones el número de mexicanos que viven bajo la línea mínima de bienestar.
La economía del país no ha podido despegar, mientras crece la desigualdad de ingresos, advierte.
La mitad de los niños y adolescentes viven en hogares pobres, advierte su informe social.

Roberto González Amador
México se convirtió en el único país de América Latina y el Caribe donde creció la pobreza, que afecta particularmente a niños y adolescentes. El número de mexicanos que vive por debajo de la línea mínima de bienestar subió a 60.6 millones de personas, un millón más que en 2010, reveló este jueves la Comisión para América Latina y el Caribe (Cepal).
Lo que ha pasado en México es que tiene menores tasas de crecimiento, ese es el gran tema de la economía mexicana, que no ha podido despegar y además se ha visto afectada por la severidad con que golpeó al país la crisis de 2008, afirmó Alicia Bárcena, secretaria ejecutiva de la Cepal.
El incremento de la pobreza en México ocurrió al tiempo que el país muestra una desigualdad en la distribución del ingreso –uno de los rasgos más característicos de América Latina en el contexto internacional, como describe el reporte– en el que la población en la punta de la pirámide tiene un ingreso 14 veces superior al del estrato más pobre, indica el informePanorama social de América Latina y el Caribe 2013, publicado ayer.
(...)
Para continuar a leitura, acesse: http://www.jornada.unam.mx/2013/12/06/economia/031n1eco


Roberto González Amador – 06.12.2013
IN Periódico La Jornada, p. 31. 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ipea: cada R$ 1 gasto com Bolsa Família adiciona R$ 1,78 ao PIB


De acordo com os dados do Ipea, o Bolsa Família reduziu a extrema pobreza em 28% entre 2002 e 2012. Caso o programa não existisse, o percentual da população vivendo com renda mensal inferior a R$ 70 seria de 4,9%, ante atuais 3,6%.

Camila Veras Mota
SÃO PAULO  -  O Bolsa Família tem um dos menores custos entre os chamados programas de transferências sociais, mas é o que tem o maior efeito multiplicador sobre a economia, de acordo com dados apresentados nesta terça-feira, 15, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), durante balanço dos dez anos da iniciativa.
Para o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e presidente do Ipea, Marcelo Neri, um dos principais atributos do programa é seu bom custo-benefício. Os gastos com o Bolsa Família representam apenas 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mas cada R$ 1 gasto com o programa “gira” R$ 2,4 no consumo das famílias e adiciona R$ 1,78 no PIB.
Para efeito de comparação, em outro programa de transferência, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) é gasto 0,6% do PIB, com geração de R$ 1,54 em consumo e R$ 1,19 no PIB. O seguro-desemprego, cujos gastos alcançam também 0,6% do PIB, rende R$ 1,34 em consumo e R$ 1,09 no PIB.
(...)



Camila Veras Mota – 15.10.2013
IN Valor Econômico.

terça-feira, 10 de junho de 2014

‘Guantánamo’ paulista mantém encarcerados jovens infratores que já cumpriram pena


Unidade ‘Experimental’ de Saúde do governo do estado de São Paulo funciona nos moldes penitenciários, viola direitos fundamentais e sofre questionamentos da ONU.
Não há médico de plantão, falta projeto terapêutico e segurança é feita por agentes penitenciários.

Sarah Fernandes
As grades, os muros de mais de cinco metros de altura e o aviso na parede alertando “área de segurança” indicam que o complexo pode ser um presídio, mas não é. Trata-se de um suposto hospital psiquiátrico do governo de São Paulo. Atrás do forte esquema de proteção estão encarcerados, por tempo indeterminado, cinco jovens infratores “diagnosticados” com transtorno de personalidade antissocial. Lá eles não cumprem pena judicial nem recebem tratamento médico.
A ‘Guantánamo psiquiátrica’ paulista foi criada pelo governador-tampão Cláudio Lembo (DEM), que governou estado de abril a dezembro de 2006, e mantida por seus sucessores, José Serra (2007-2010) e o atual governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. Desde o ano passada, uma ação judicial pede o fechamento do “hospital” por desrespeito aos direitos constitucionais.
Os internos na chamada Unidade Experimental de Saúde (UES), localizada na Vila Maria, na zona norte de São Paulo, são egressos da Fundação Casa que cometeram atos infracionais considerados graves e que já cumpriram as medidas socioeducativas previstas em lei. Sem terem praticado novos crimes, eles continuam detidos de forma “preventiva” – e aparentemente perpétua.
Não há médico de plantão, falta projeto terapêutico e regimento interno. No interior da unidade, trabalham agentes penitenciários, o que não é permitido por lei, já que trata-se de uma instituição não penal.
Estas irregularidades motivaram a Procuradoria da República de São Paulo, entidades pró-direitos humanos e o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo a moverem uma ação civil pública exigindo o fechamento da unidade.
(...)

Para continuar a leitura, acesse http://www.redebrasilatual.com.br/saude/2014/01/guantanamo-psiquiatrica-detem-cinco-jovens-sem-oferecer-tratamento-em-sao-paulo-3779.html 





Sarah Fernandes – 21.01.2014
IN Rede Brasil Atual. 

domingo, 8 de junho de 2014

Como não pagar IPVA


Se os 20.000 jatos particulares e os 2.000 helicópteros que voam livremente no Brasil pagassem IPVA, teríamos algo em torno de R$ 8 bilhões. Esse valor é correspondente a, por exemplo, dois orçamentos da USP. (...) Esse é apenas um ponto dentre vários exemplos de como o Brasil se organizou para ser um país onde ser rico é um ótimo negócio. Um país que, só em 2014, deverá ter mais 17 mil milionários e nenhum deles pagando aquilo que você paga. Porque aqui, quanto mais você sobe, mais você é protegido.

Vladimir Safatle
Todos os anos você precisa pagar o IPVA do seu carro. Como o nome diz, trata-se de Imposto sobre Propriedade de Veículos automotores. Bem, um veículo automotor é, pasmem vocês, “aquele dotado de motor próprio”.
Por exemplo, um carro de boi não pagará IPVA por não ter motor próprio: o motor é o boi, a saber, uma entidade ontologicamente a parte do aparato técnico de motricidade desenvolvido pelo saber humano. A bicicleta não pagará imposto pela mesma razão, assim como o helicóptero do banqueiro, o jatinho particular do escroque e o iate do Naji Nahas.
“Assim como o helicóptero, o jato particular e o iate”? Sim. 

(...)
Para continuar a leitura, acesse: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2014/04/1443523-como-nao-pagar-ipva.shtml


Vladimir Safatle – Professor de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) – 22.04.2014

IN Folha de São Paulo.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Por que a campanha “não vai ter Copa” é irresponsável?


Com base em estudo da Fundação Getúlio Vargas em parceria com a consultoria Ernst & Young: “diante de gastos de cerca de 30 bilhões de reais para realizar a Copa de 2014 no Brasil, haverá um faturamento bruto de 183 bilhões de reais”.

Miguel do Rosário



O gráfico acima foi tirado de estudo da Fundação Getúlio Vargas em parceria com a consultoria Ernst & Young, cuja íntegra pode ser lida aqui.
Para me poupar o trabalho de resumir os números apresentados pelo estudo, transcrevo trecho de post de hoje de Eduardo Guimarães, do blog Cidadania, que já fez o serviço:


Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com a renomada empresa de consultoria Ernst & Young para o Ministério do Esporte em 2010 diz coisas muito diferentes das que vêm sendo ditas por esses embrulhões do movimento “Não vai ter Copa”.
Segundo o estudo, a Copa irá gerar R$ 183 bilhões de faturamento em um período de dez anos (de 2010 e até 2019) devido a impactos diretos – investimentos em infraestrutura, turismo, empregos, impostos, consumo – e indiretos – via circulação de todo esse dinheiro no país.
(...)

Para continuar a leitura, acesse: http://tijolaco.com.br/blog/?p=12318


Miguel do Rosário – 07.01.2014
IN Tijolaço. 




Copa 2014 trará R$ 142 bilhões ao Brasil

Serão gerados 3,63 milhões de empregos, diz estudo feito pela Ernst & Young em parceria com a FGV.

Elisa Campos
Mais do que um campeonato internacional, a Copa do Mundo de 2014 irá mudar a cara do Brasil nos próximos anos. E não apenas das 12 cidades-sede. O mundial deve injetar R$ 142 bilhões na economia brasileira de 2010 a 2014, segundo o estudo Brasil Sustentável - impactos sócio-econômicos da Copa do Mundo de 2014, realizado pela consultoria Ernst & Young em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. A avalanche de recursos irá criar 3,63 milhões de empregos, além de adicionar R$ 63,48 bilhões à renda da população. 
Somente em investimentos para garantir a infraestrutura e a organização do campeonato serão gastos R$ 22,46 bilhões. O setor de mídia será o que demandará mais recursos, R$ 6,5 bilhões. Na seqüência, aparecem os gastos com a construção de estádios (R$ 4,6 bilhões), parque hoteleiro (R$ 3,16 bilhões), segurança (R$ 1,7 bilhão) e Tecnologia da Informação (R$ 309 milhões). 
Para coordenar tamanho empreendimento, o Brasil precisará de muito planejamento. “Este é um desafio inédito para o país. Será necessário muita governança, gestão, monitoramento, controle e transparência”, afirma José Carlos Pinto, sócio de assessoria de riscos da Ernst & Young.

Investimentos para a Copa do Mundo 2014
Setor
Investimento (em R$)
Mídia 
6,5 bilhões
Estádios
4,6 bilhões
Parque Hoteleiro 
3,2 bilhões
Reurbanização
2,8 bilhões
Segurança 
1,7 bilhão
Rodovias 
1,4 bilhão
Aeroportos 
1,2 bilhão
Tecnologia da Informação 
309 milhões
Energia
280,5 milhões
Fan Parks
203,8 milhões
IMCs e IBC
184,5 milhões
Fonte: Ernst & Young e FGV

(...)

Para continuar a leitura, acesse: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT149593-16357,00.html


Elisa Campos – Sem data.
IN Época Negócios. 



Copa das Confederações já pagou estádios,
 diz estudo

Pesquisa que acaba de ser concluída pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) calcula que o impacto dos jogos da competição sediada no Brasil em 2013, durante duas semanas, foi de R$ 9,7 bilhões adicionados à economia até a véspera do evento, quase R$ 1 bilhão a mais do que a última estimativa do que se gastaria com a construção das arenas da Copa do Mundo; com base nesses números, expectativa é de que o Mundial gere resultado ao menos três vezes maior: R$ 30 bilhões para o PIB; "Os números demonstram que investir em turismo e em grandes eventos vale a pena", constata ministro do Turismo, Vinicius Lages.

Brasil 247
O dinheiro injetado na economia brasileira por conta da Copa das Confederações, que durou duas semanas em 2013, em seis capitais, ultrapassou o valor que deverá ser gasto com a construção dos 12 estádios da Copa do Mundo. É o que revela um estudo que acaba de ser concluído pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que aponta que foram adicionados R$ 9,7 bilhões no País até a véspera do evento. Segundo a última estimativa oficial da Fifa, divulgada em janeiro, o custo dos estádios deverá ser de R$ 8,9 bilhões.
Encomendado pelo ministério do Turismo, o levantamento mostra que o gasto de turistas nacionais durante a Copa das Confederações chegou a R$ 346 milhões, enquanto os estrangeiros desembolsaram R$ 102 milhões no País. O evento gerou ainda 303 mil vagas de trabalho, 40% nas cidades-sede e 60% em outros locais. Os números finais são ainda mais positivos: considerado o efeito multiplicador do evento, ou seja, a partir do impacto na economia para cada real investido, o total movimentado foi de R$ 20,7 bilhões.
Com base no retorno financeiro que a Copa das Confederações deu ao Brasil, a estimativa, de acordo com o estudo da Fipe, é de que o investimento no País com a Copa do Mundo seja pelo menos três vezes maior: R$ 30 bilhões, ou 0,5% do PIB, revela reportagem do jornal Valor Econômico nesta segunda-feira 7. Há expectativa também de que o País atraia um turista que gaste mais: R$ 5,5 mil, em média – enquanto em 2013 esse valor foi de R$ 4,1 mil. A previsão é que 600 mil estrangeiros passem por aqui durante o Mundial.
Retorno que vale a pena


Brasil 247 – 07.04.2014
IN Brasil 247.