Das 101 mil bolsas, o compromisso público é financiar 75 mil. Em pouco mais
de dois anos, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
órgãos federais que operam o programa, concederam 57,2 mil bolsas, mais de 75%
do objetivo público.
Com meta bem inferior, de 26 mil bolsas, o setor privado só conseguiu
desenrolar pouco mais de 3,6 mil auxílios a estudantes e pesquisadores - menos
de 15% do objetivo acordado.
Luciano Máximo
Um desentendimento entre indústria e governo e a alegação, por parte do
setor de infraestrutura, de dificuldades para levantar recursos colocam em
risco o cumprimento da meta do Ciência sem Fronteiras, programa federal de
concessão de bolsas de estudo para estudantes e pesquisadores brasileiros em
universidades estrangeiras. A política é conduzida em parceria. Enquanto a
execução governamental atinge níveis altos, a do setor privado tropeça e poderá
comprometer o resultado final.
Lançado no primeiro ano de gestão da presidente Dilma Rousseff, o
Ciência sem Fronteiras é considerado uma das principais marcas de sua
administração e arma do PT para a campanha eleitoral. Com ele, o governo
promete formalizar até o fim deste ano o envio de 101 mil bolsistas para cursos
em áreas estratégicas (engenharia, saúde, tecnologia) de graduação, mestrado
profissional, doutorado e pós-doutorado em universidades dos Estados Unidos,
Europa, Ásia e Oceania.
Das 101 mil bolsas, o compromisso público é financiar 75 mil. Em pouco mais
de dois anos, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
órgãos federais que operam o programa, concederam 57,2 mil bolsas, mais de 75%
do objetivo público.
(...)
Para continuar a ler, acesse: http://www.valor.com.br/brasil/3430188/setor-privado-pode-atrasar-meta-do-programa-ciencia-sem-fronteira
Luciano
Máximo – 13.02.2014
IN Valor Econômico.