O acesso ampliou-se e hoje mais de
95% das crianças e jovens entre 7 e 14 anos estão matriculados nesse nível. O
ponto frágil da equação está no ensino médio. O desafio principal não é colocar
a criança na escola, mas mantê-la e proporcionar um ensino de qualidade até a
chegada à universidade.
Roberto
Rockmann
Os números
estão na cabeça de quem acompanha o setor de educação no Brasil. De cada 100
alunos ingressantes no ensino fundamental, 90 o concluem. Desses, 75 iniciam o
nível médio, 57 completam essa etapa e 14 entram em uma faculdade. Na linha de
chegada, apenas sete recebem o diploma universitário. O número de estudantes
entre 18 a 24 anos corresponde a 15% da população dessa faixa etária. O Plano
Nacional de Educação do governo federal prevê o aumento para 33%, ainda
distantes da taxa dos países desenvolvidos. A proporção supera 60% na Coreia do
Sul e 50% nos EUA. Esses indicadores representam um dos maiores gargalos
sociais e econômicos do Brasil, resultado de décadas de descaso com os
investimentos em educação. O quadro melhorou nos últimos anos, mas ainda há
muito a fazer, principalmente porque a área deverá receber mais recursos com a
exploração gradual da camada pré-sal.
O objetivo
de universalizar o ensino básico, subdividido em infantil, fundamental e médio,
foi praticamente alcançado, mas as taxas de frequência ainda são menores entre
os mais pobres e as crianças das regiões Norte e Nordeste. Na educação
infantil, mais de 80% das crianças entre 4 e 5 anos moram em áreas abrangidas
pelas redes de ensino. Um dos maiores avanços foi registrado no ensino fundamental.
O acesso ampliou-se e hoje mais de 95% das crianças e jovens entre 7 e 14 anos
estão matriculados nesse nível. O ponto frágil da equação está no ensino médio.
O desafio principal não é colocar a criança na escola, mas mantê-la e
proporcionar um ensino de qualidade até a chegada à universidade.
(...)
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Roberto Rockmann – 14.11.2014
IN
Carta Capital.