A experiência de aproximação
dos cinco países até aqui permite contrapor alguns aspectos claramente positivos com alguns riscos potenciais.
O lado do “copo meio cheio” certamente
compreende a percepção de que existe um significativo potencial de
complementariedade entre as cinco economias, a relativa certeza de que persiste
a vontade política de promover a aproximação entre esses cinco países, alguns
resultados concretos importantes, como o acordo de contingenciamento de
reservas, a criação do Banco de Desenvolvimento e a aprovação formal de
alteração das quotas junto ao FMI, e o fato de que o processo de aproximação
entre esse s países compreende dezenas de áreas, em que os técnicos têm se
reunido de forma regular para identificar mecanismos que viabilizem intensificar
a convergÊncia entre os cinco países.
Renato Baumann
O sucesso de um agrupamento de países – que por
definição implica a busca de convergência entre histórias e realidades
distintas – é tão mais provável quanto mais intenso o envolvimento dos agentes
econômicos e políticos de cada país em esforços com direção convergente, e
quanto mais claramente os agentes econômicos e políticos dos demais países
consigam identificar unidade naquele exercício.
Clareza de rumos ajuda os trabalhos do corpo técnico
de cada páis, ao mesmo tempo em que uma percepção externa de algo coerente ajuda
no relacionamento e eventuais negociações com terceiros países. As Declarações
que se seguem às reuniões de cúpula são uma bússola importante nesse sentido.
(...)
Para
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Renato Baumann – Pesquisador do IPEA e da UNB – 07.07.2015
IN Valor Econômico, ed. impressa.