Ainda
somos muito pequenos. O Brasil investe
pouco em inovação – tanto o setor público quanto o privado, seja em volume ou
em porcentagem do faturamento das empresas ou do PIB. O investimento está
crescendo, houve mudanças significativas nos últimos 15 anos e, de forma mais
acelerada, nos últimos cinco.
(...)
EStamos falando de poucos recursos, se
compararmos com o Orçamento Nacional. (...) Fundamentar uma política de P&D
é ter paciência e persistência no investimento. Se interrompermos, vamos colher
os estragos por dez anos. É diferente de interromper a construção de uma
estrada, de uma ponte, que podem ser retomadas depois de dois anos.
Camila Veras Mota
Para fazer cócegas nas taxas de investimento, o volume de recursos
aplicado pelo Brasil em inovação tem de dobrar nos próximos quatro anos, afirma
Glauco Arbix, presidente da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), desde 2011.
Para ele, o gasto público nessa
área – sem considerar a participação do setor empresarial – teria de passar dos
R$25 bilhões aplicados entre 2011 e 2014 para algo próximo de R$50 bilhões
neste quadriênio para o país sair do atual patamar desconfortável de cerca de
17% do Produto Interno Bruto (PIB).
Paciência e continuidade, para Arbix, são as palavras-chave de qualquer
política de pesquisa e desenvolvimento. Por isso, mesmo diante do ajuste fiscal
que está sendo executado pela nova equipe econômica, o sociólogo defende que o
financiamento e a subvenção ao desenvolvimento de novas tecnologias –
atualmente atribuição quase exclusiva da Finep, afirma ele – seja preservados e
aponta este como o melhor caminho para a recuperação da indústria nacional.
(...)
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continuar a leitura, acesse http://www.valor.com.br/brasil/3885504/pais-precisa-dobrar-em-4-anos-o-investimento-em-inovacao-diz-finep
Glauco Arbix – Presidente da Finep, Professor Livre Docente do Departamento de Sociologia da USP.
Camila Veras Mota – 30.01.2015
IN Valor Econômico, ed. Impressa.