segunda-feira, 20 de julho de 2015

País precisa dobrar em quatro anos investimento em inovação, diz FINEP



Ainda somos muito pequenos.  O Brasil investe pouco em inovação – tanto o setor público quanto o privado, seja em volume ou em porcentagem do faturamento das empresas ou do PIB. O investimento está crescendo, houve mudanças significativas nos últimos 15 anos e, de forma mais acelerada, nos últimos cinco.
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EStamos falando de poucos recursos, se compararmos com o Orçamento Nacional. (...) Fundamentar uma política de P&D é ter paciência e persistência no investimento. Se interrompermos, vamos colher os estragos por dez anos. É diferente de interromper a construção de uma estrada, de uma ponte, que podem ser retomadas depois de dois anos.


Camila Veras Mota
Para fazer cócegas nas taxas de investimento, o volume de recursos aplicado pelo Brasil em inovação tem de dobrar nos próximos quatro anos, afirma Glauco Arbix, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), desde 2011.
 Para ele, o gasto público nessa área – sem considerar a participação do setor empresarial – teria de passar dos R$25 bilhões aplicados entre 2011 e 2014 para algo próximo de R$50 bilhões neste quadriênio para o país sair do atual patamar desconfortável de cerca de 17% do Produto Interno Bruto (PIB).
Paciência e continuidade, para Arbix, são as palavras-chave de qualquer política de pesquisa e desenvolvimento. Por isso, mesmo diante do ajuste fiscal que está sendo executado pela nova equipe econômica, o sociólogo defende que o financiamento e a subvenção ao desenvolvimento de novas tecnologias – atualmente atribuição quase exclusiva da Finep, afirma ele – seja preservados e aponta este como o melhor caminho para a recuperação da indústria nacional.
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Glauco Arbix – Presidente da Finep, Professor Livre Docente do Departamento de Sociologia da USP.
Camila Veras Mota – 30.01.2015
IN Valor Econômico, ed. Impressa.