A participação nas urnas tende a
ser menor entre os indivíduos cujo custo do voto é mais elevado (custos de
deslocamento, por exemplo).
(...)
A princípio, não há nenhuma razão
que permita supor qu os mais escolarizados, os mais velhos, os brancos e os que
estão empregados – enfim, os mais ricos – estejam mais capacitados para
escolher o melhor para a coletividade. Provavelmente, são mais capacitados para
escolher o melhor para os seus próprios interesses.
Rafael Cortez e Adriano
Pitoli
O debate sobre a reforma
política deve ganhar força ao longo do segundo mandato Dilma. A expressão “mãe
de todas as reformas” sintetiza o status da reforma política dado por parcela
significativa da classe política e da opinião pública. Nessa narrativa, a
reforma das regras da competição polítca permitiria ao país não apenas
aprimorar o processo democrático, mas também criar condições para a
implementação de um pacote de reformas estruturais necessárias.
Entretanto, a ideia de
que o Brasil não faz reforma política é, em boa medida, falsa. As regras da
competição política mudam recorrentemente, seja por decisão dos parlamentares,
seja pelo ativismo do Poder Judiciário.
Ao mesmo tempo, o
consenso em torno dessa tão propalada reforma política se encerra quando são
levantadas as primeiras proposições.
(...)
Para continuar a leitura, acesse http://www.valor.com.br/opiniao/3915540/reforma-politica-e-voto-facultativo
Rafael Cortez – Cientista Político;
Adriano Pitoli – Diretor da área de análise setorial e
inteliência de mercado da Tendências Consultoria – 19.02.2015
IN Valor Econômico,
versão impressa.