O êxito do Japão e dos tigres asiáticos, como Coreia e Taiwan, não pode ser explicado apenas pelas ‘virtudes econômicas’ dos seus modelos. A geopolítica intrometeu-se.
Luiz Gonzaga Belluzzo
Publicado
na “Folha de São Paulo”, na edição de domingo (02.08.2015), o artigo de Samuel
Pessoa sobre a experiência asiática suscitou minhas dúvidas e discordâncias.
Volto
a 1993, ano da publicação pelo Banco Mundial do estudo “The East Asia Miracle”.
Ao investigar o desempenho das economias asiáticas os economistas do banco
escreveram:
“Nós
sustentamos (neste estudo) que as Economias de Alto Crescimento da Ásia criaram
condições e desafios que combinam a concorrência com os benéficos da cooperação
entre as empresas e entre o governo e o setor privado. Tais condições vão desde
simples normas de alocação de recursos não baseadas no mercado, como é o caso
do acesso facilitado ao crédito para os experotadores, até a completa
coordenação do investimento privado, no Japão e na Coreia, executada pelos
conselhos formados por empresários e representantes do governo. A
característica central de tais ‘concursos’ é que o governo distribui prêmios –
acesso a crédito ou a divisas – sob critérios de avaliação de desempenho”.
(…)
Para continuar a leitura, acesse http://www.valor.com.br/opiniao/4162492/asia-miragens-e-milagres
Luiz Gonzaga Belluzzo
– Economista, professor titular do Instituto de Economia da Unicamp – 04.08.2015.
IN
Valor Econômico, ed. Impressa.