Pesquisador do Ipea [gesmar rosa dos santos] lança estudo inédito
com panorama sobre os investimentos em energias renováveis na última década.
No Brasil, essa infraestrutura de pesquisa em energias renováveis,
por exemplo, só passou a ser construída com forte direcionamento a partir de
2004, bem depois da Alemanha e dos Estados Unidos, os países comparados. O
principal problema, segundo ele, está no fato de as empresas e o país ainda
enxergarem a pesquisa como gasto sem retorno e não como investimento.
Renata de Paula
O Brasil investiu em 13
anos (de 1999 a 2012) apenas R$ 806 milhões em energias renováveis, o
equivalente a 0,0013% do PIB, enquanto os Estados Unidos investiram US$ 1,78
bilhão apenas em 2012 (0,0118% do PIB) e a Alemanha € 265 milhões (cerca de R$
715 milhões), 0,0095% do PIB, também no mesmo ano.
A revelação é do estudo
do Ipea Financiamento público da pesquisa em energias renováveis no Brasil: a
contribuição dos fundos setoriais de inovação tecnológica, o primeiro a analisar
o investimento em energias alternativas, entre os mais de 35 mil projetos de
pesquisa aprovados pelo Fundo de Apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI). Por causa da falta de investimentos, os brasileiros estão
pagando mais caro pelas contas de luz desde março deste ano, quando a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajustou as tarifas devido ao aumento dos
custos de geração de energia elétrica. Com o baixo nível de água dos
reservatórios das usinas, as termoelétricas precisaram ser acionadas e as
contas subiram, em média, 23,4%. Para o autor do estudo, o técnico de
Planejamento e Pesquisa do Ipea, Gesmar Rosa dos Santos, essa realidade reflete
o baixo investimento do Brasil em energias renováveis.
(…)
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Renata de Paula – 19.06.2015.
IN Revista Desafios do
Desenvolvimento, IPEA, ed. 83.