Atos
contra fechamento de escolas em São Paulo têm sido tratados como um problema de
segurança pública, e não como uma crise política. Sem diálogo, sobra
truculência na tentativa de cumprir ordens.
Tatiana Dias e Ana Freitas
Nesta quinta-feira (2), estudantes bloquearam diversas avenidas de São
Paulo com carteiras escolares para protestar contra a reorganização das escolas
proposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). Os atos começaram pacíficos - os
estudantes permaneciam sentados na via ecoando palavras de ordem. Mas a Polícia
Militar estava orientada a agir para desobstruir o trânsito. Em vários casos,
sobrou truculência.
A atuação da PM contraria recomendações internacionais. A Organização das
Nações Unidas tem um documento que
detalha as melhores práticas para a atuação policial em ambientes urbanos.
Nele, há princípios como o uso mínimo da força, imparcialidade e objetividade,
independente de provocação, e o policiamento de acordo com o respeito aos
direitos humanos.
Outro documento
publicado em 2006 pelo Fórum Executivo de Pesquisa Policial, em Washington, nos
Estados Unidos, reúne experiências de chefes de polícia de países
desenvolvidos, como EUA e Canadá, sobre as melhores práticas para conter
multidões em protestos. Segundo o relatório, as forças policiais precisam ser
capazes de garantir a segurança e o direito de protestar de todos os
manifestantes.
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Para continuar a leitura, acesse https://www.nexojornal.com.br/expresso/2015/12/04/Pol%C3%ADcia-em-xeque-como-lidar-com-manifesta%C3%A7%C3%B5es-sem-bombas-nem-pancadas
Tatiana Dias e Ana Freitas – 04.12.2015
IN Nexo Jornal.