o que aumentou a arrecadação entre 2005 e 2014 foram
os tributos sobre a folha de pagamentos e os rendimentos do trabalho, devido à
expansão da massa salarial e do nível de emprego formal no período. Os impostos
sobre o lucro das empresas e sobre bens e serviços, ao contrário, contribuíram
para uma redução da carga tributária de 2,3 pontos percentuais.
Na realidade, o setor empresarial foi o maior
beneficiado pela expansão fiscal do primeiro governo Dilma Rousseff, que se deu
essencialmente pela via das desonerações tributárias e outras formas pouco
criteriosas de subsídios às suas margens de lucro.
Laura Carvalho
A Fiesp oficializou na
segunda-feira seu apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, fundada,
segundo ela, em uma pesquisa que realizou com 0,7% das empresas do Estado.
A decisão da Fiesp já
havia sido antecipada na véspera: símbolo de sua campanha pela redução de
impostos, seu pato serviu para alegrar as muitas crianças que passeiam pela
Paulista aos domingos.
Mas as ações da
federação também servem para deixar clara a origem de vários dos erros de
política econômica cometidos pelo governo Dilma desde seu primeiro mandato.
Os dados apresentados
por Rodrigo Orair no "Texto para Discussão" número 2.117 do Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que a carga tributária
brasileira, que subiu cinco pontos percentuais –de 27% para 32% do PIB– entre
1995 e 2002, chegou ao patamar de 33,7% em 2007, mas se manteve relativamente
estável desde então.
(...)
Para continuar a leitura, acesse
http://jornalggn.com.br/noticia/quem-paga-o-pato-nao-e-a-fiesp-por-laura-carvalho
Laura Carvalho – Economista e Professora de Economia da USP – 17.12.2015.
IN Folha de São Paulo
(republicado no GGN).
O elo da Fiesp com o porão da Ditadura
Documentos revelam o ‘Dr. Geraldo’, que fez a ligação
dos empresários paulistas com o Dops durante sete anos.
“Os livros do Dops, há pouco revelados pelo Arquivo
Público, indicam que a conexão entre o empresariado paulista e a polícia política
do regime militar foi muito mais extensa do que até então se presumia”.
José Casado e Chico Otávio
“Dr. Geraldo”, escreveu o funcionário no livro da
portaria. “Cargo:Fiesp”, completou. Eram 18h30m daquela segunda-feira, 19 de
abril de 1971, quando Geraldo Resende de Mattos, o “Dr. Geraldo” da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo, avançou pelo corredor central do
Departamento de Ordem Política e Social (Dops). No prédio ícone da arquitetura
ferroviária paulistana funcionava uma falange policial do mecanismo de
repressão política operado pelo II Exército. Quatro meses antes, o
general-comandante Humberto de Souza Mello dera sinal verde à matança de
adversários do regime. E confirmou a ordem ao chefe de Estado maior.
O trabamento de “doutor” na delegacia era reverência
policial à organização dos industriais. Os livros do Dops, há pouco revelados
pelo Arquivo Público, indicam que a conexão entre o empresariado paulista e a
polícia política do regime militar foi muito mais extensa do que até então se
presumia.
(...)
Para continuar
a leitura, acesse http://oglobo.globo.com/brasil/o-elo-da-fiesp-com-porao-da-ditadura-7794152#ixzz3ubBdw5as
José Casado
e Chico Otávio – 09.03.2013.
IN
O Globo.