Na comparação com outros países como Estados Unidos e África
do Sul, o Brasil aparece com níveis menos graves de segregação entre brancos e
negros. Mas, diferentemente daqui, em ambos a segregação teve amparo legal para
existir, por meio das leis de Jim Crow em um, e da política do Apartheid no
outro.
Daniel Mariani, Murilo Roncolato, Simon Ducroquet e
Ariel Tonglet
Pelo menos por um século perdurou no Brasil a ideia de que a democracia
brasileira não fazia distinção de cor ou raça e que, por aqui, “todos são
iguais”. O mito da democracia racial, hoje, é questionado. E contribui para
isso o reconhecimento do problema do racismo pelo governo brasileiro.
Observar o mapa da segregação racial (acima), com especial atenção à diferença
norte-sul do país e à formação de periferias nas grandes cidades, dá uma ideia
de por que essa máxima, que ainda ecoa no senso comum e em alguns discursos,
não encontra correspondência no plano real.
Analisar a segregação espacial tomando como base o indicador de raça e
cor (colhido pelo IBGE, que classifica as respostas de acordo com a
autodeclaração dos entrevistados) em conjunto com outros indicadores se tornou
um modo eficiente de demonstrar que para entender as dinâmicas sociais no
Brasil, levar em conta sua constituição de raça e cor é fundamental.
(...)
Para continuar a leitura e ver todos os mapas, acesse https://www.nexojornal.com.br/especial/2015/12/16/O-que-o-mapa-racial-do-Brasil-revela-sobre-a-segrega%C3%A7%C3%A3o-no-pa%C3%ADs
Daniel Mariani, Murilo Roncolato, Simon Ducroquet e
Ariel Tonglet – 16.12.2015.
IN Nexo Jornal.