Para professores do Instituto de Economia [da Unicamp],
flexibilização da legislação decreta o fim de garantias trabalhistas.
Manuel Alves Filho
Caso
seja aprovado da forma como está proposto, o Projeto de Lei 4.302 (1998), que
permite a terceirização em todas as atividades das empresas, representará um
grande retrocesso em relação às garantias trabalhistas e se constituirá em
medida de injustiça social. As opiniões são dos professores do Instituto de
Economia (IE) da Unicamp, José Dari Krein e Claudio Salvadori Dedecca,
respectivamente. A matéria seria incluída na pauta de votação do Legislativo na
tarde desta terça-feira (21). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou nos últimos dias que o governo dispunha de maioria para aprovar o PL.
De
acordo com Krein, ao propor a ampliação da flexibilização da legislação
trabalhista, o projeto atende principalmente aos interesses do mercado
financeiro. “Pesquisas que analisaram as experiências levadas a cabo por diversos
países demonstram que esse mecanismo não gera emprego, como argumentam os
defensores da medida. O emprego depende de outros fatores, relacionados à
dinâmica da economia”, afirma o docente.
(...)
Para continuar a leitura,
acesse https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2017/03/21/terceirizacao-e-retrocesso-e-aprofunda-injustica-social-alertam
Manuel Alves Filho – 22.03.2017.
IN Jornal da Unicamp.
A lei da terceirização é boa?
Depende se você é patrão ou funcionário
Especialistas afirmam que empresários economizarão às custas do
salário do trabalhador.
Gil Alessi
A lei da terceirização é boa? A resposta
para essa pergunta depende muito da posição no mercado que você ocupa. Ela terá
consequências diversas para patrões e trabalhadores, e atingirá de forma
diferente o setor público e o privado. De acordo com o texto aprovado na Câmara na noite desta quarta, empresas
particulares podem terceirizar todas as atividades, tanto as atividades-meio
(que são aquelas que não são inerentes ao objetivo principal da companhia),
quanto as atividades-fim, que dizem respeito à sua linha de atuação.
A advogada trabalhista e professora da PUC-SP Fabíola Marques afirma que
a nova lei da terceirização só é boa para o patrão, “que vai terceirizar sempre
que isso lhe trouxer uma redução de custos". De acordo com ela, a medida
trará economia na folha de pagamento e nos encargos trabalhistas das empresas.
Mas uma consequência direta dessa economia é “a redução do valor pago ao empregado terceirizado,
que terá sua situação precarizada”. Ou seja, se o empresário gasta menos ao
terceirizar, o valor pago à companhia contratada – que conta com sua própria
hierarquia e também busca o lucro – será menor, e o salário que essa empresa
paga a seus funcionários será mais baixo do que o recebido antes.
(...)
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Gil Alessi – 23.04.2015.
IN
El País Brasil.