Muito
saudável que cidadãos cobrem governos, combatam a corrupção, defendam
melhorias. E que tenham preferência partidária. O preocupante é que se exprimam
pelos meios agora cotidianos: a intolerância, a desumanização e a defesa do
extermínio do adversário.
Ângela Alonso
Quem
acompanhou a agonia e morte de Marisa Letícia Lula da Silva viu salientes dois
lados da sociedade brasileira. De uma parte, a solidariedade. O viúvo foi
confortado por correligionários, pela gente comum e mesmo por adversários
políticos, aos quais abraçou sem restrições.
De outra parte,a incivilidade. Enquanto anônimos buzinavam na frente do Hospital
Sírio-Libanês e xingavam Marisa Letícia nas redes sociais, o neurocirurgião
Richam Faissal El Hossain Ellakkis e a reumatologista Gabriela Araújo Munhoz
espargiam idêntica violência dentro do hospital. Contrariando o esperado da
profissão, o médico desejou que a paciente ardesse no inferno: "daí o
capeta abraça ela", registrou no WhatsApp. A atitude repugna, mas não
surpreende.
(...)
Para continuar a leitura, acesse http://www1.folha.uol.com.br/colunas/angela-alonso/2017/02/1857624-a-politica-sem-guerra.shtml
Ângela Alonso – Socióloga, Professora da USP e Presidenta do
CEBRAP – 12.02.2017.
IN Folha de São Paulo.
IN Folha de São Paulo.