sábado, 22 de novembro de 2014

Dos fins do Estado: de socialismo e social-democracia


Todo Estado é um Estado-processo, um Estado-construção, um molde sem modelo.
A democratização da sociedade começa com a democratização do Estado, revertendo sua vocação antipovo e autoritária.

Roberto Amaral
A questão do caráter do Estado, mormente em países com as características brasileiras, entre as quais destaco o movimento (aí implícita a mobilidade econômico-social) em oposição ao congelamento,  não é de limitação aritmética (grande ou pequeno) mas,  de conteúdo finalístico, definido na resposta a uma simples pergunta:   a serviço de quem ele está posto?
O Estado é, sempre, servidor da classe dominante, assim identificada ca detentora dos meios de produção.
Esta sentença encerra uma verdade, mas não encerra a verdade toda, pois o Estado capitalista, democrático ou não, é permeado de classes e contradições entre classes e mesmo no interior da classe que exerce o poder de Estado, e nesses espaços podem atuar as mais diversas forças, inclusive as que lhe são antagônicas. Ainda bem. Pois, se tomada a sentença marxista (Manifesto comunista e A ideologia alemã) no seu sentido tout court nada mais teríamos por fazer, a revolução seria impossível, a política estaria morta e, aí sim, a História não teria mais caminho a percorrer.






Roberto AmaralCientista político e ex-ministro da Ciência e Tecnologia entre 2003 e 2004 – 13.11.2013
IN Carta Capital.