Um em cada quatro indivíduos em medida de
segurança não deveria estar internado e 21% da população encarcerada cumpre
pena além do tempo previsto. Estudo recenseou 3.989 indivíduos de 26 prisões do
país.
Luciana Barreto
Passar
pelos pesados portões de ferro de um manicômio judiciário é quase sempre um
caminho sem volta. Entre muros e omissões, milhares de vidas seguem invisíveis
aos olhos do Estado e da sociedade. Abandonados e anônimos, duplamente
marginalizados - seja pelo estigma do transtorno mental seja pela situação
delinquência -, os loucos infratores no Brasil sequer configuravam um número. É
o que revela o primeiro mapeamento dos hospitais de custódia e tratamento
psiquiátrico do país, que identificou 3.989 pessoas internadas nas 26 unidades
do país.
Mais
da metade são negros, pobres e com baixa escolaridade, homens e mulheres com
epilepsia, esquizofrenia, retardo mental, transtornos afetivos, de
personalidade, da preferência sexual ou devido ao uso de álcool e outras
drogas, segundo a classificação psiquiátrica que fundamenta os atos
infracionais. Passados noventa anos da criação dos hospitais-presídios no país,
uma pesquisa inaugural traz o primeiro perfil nacional de uma população esquecida: A
custódia e o tratamento psiquiátrico - Censo 2011 - estudo idealizado
e coordenado pela professora Debora Diniz, do Departamento de Serviço Social da
Universidade de Brasília (UnB), e financiado pelo Ministério da Justiça.
(...)
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Luciana Barreto – da Secretaria da Comunicação – 14.12.2012
IN UNB.