quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Democratizar os tribunais de contas


por quais razões o TCE de São Paulo e o Tribunal de Contas do Município de São Paulo ainda não criaram ouvidorias ou estruturas semelhantes que permitam um ciclo completo de interação com a sociedade. 
Também se faz necessário o cumprimento da Lei de Acesso à Informação, que define que os relatórios de auditoria são documentos públicos e devem ser disponibilizados de forma ativa para consulta antes mesmo do julgamento final da matéria.

Marco Antonio Carvalho Teixeira e Maurício Broinizi Pereira
Criados para auxiliar tecnicamente o Legislativo no controle da gestão financeira dos governos e demais órgãos do Estado brasileiro, os tribunais de contas vêm ganhando notoriedade de maneira ambígua.
Ora por revelarem problemas de má gestão de recursos públicos, ora por alguns dirigentes se envolverem em decisões que os beneficiam ou em rede de interesses que fraudam contratos e licitações.
Duas questões permeiam essa ambiguidade. Como tornar os tribunais de contas mais acessíveis? E como garantir que estejam inteiramente voltados para o atendimento do princípio republicano do zelo pela coisa pública, que deveria orientar suas ações, equilibrando visões técnicas e políticas em suas decisões?

Marco Antonio Carvalho Teixeira – Cientista político e professor de administração pública da Fundação Getulio Vargas de São Paulo; Maurício Broinizi Pereira - Doutor em história econômica pela USP, é coordenador da secretaria-executiva da Rede Nossa São Paulo – 21.11.2013
IN Folha de São Paulo.