sábado, 13 de dezembro de 2014

Colômbia, Peru e Chile

  
frente à desaceleração do seu crescimento, e ao aumento das insatisfações sociais, a Colômbia, o Peru e o Chile dispõem de muito poucas alternativas econômicas, no curto prazo. Se  transformaram em economias que só conseguem operar com eficiência, e durante períodos limitados de tempo, como “fusíveis” de algum “aparelho econômico” que seja mais amplo e complexo, mas que escapa inteiramente ao seu controle.

José Luís Fiori
A projeção de crescimento do PIB da Colômbia, Peru e Chile, para 2014,  já foi revista para baixo, várias vezes, neste primeiro semestre do ano. Junto com a previsão de queda – cada vez maior - dos investimentos privados, e de subida simultânea da taxa de inflação, nos três países. No caso da Colômbia, depois de quatro anos de crescimento médio de 5%, a tendência atual aponta para uma taxa inferior a 4%. A Associação Nacional de Instituições Financeiras (ANIF) da Colômbia considera que o ciclo recente de crescimento do país acabou e foi um caso típico de “voo da galinha”,  puxado  pelas vendas externas que agora estão em queda (só para os EUA caíram 15% em 2013);  pela indústria que está em retração (já caiu para 12% do PIB); e pela agricultura que se sente sem condições de concorrer, depois da  abertura comercial do país, dos últimos anos.
Um panorama econômico que fica ainda mais complicado quando se tem presente que mais de 40% da população colombiana já se encontrava abaixo da linha da pobreza, em pleno período de alto crescimento do país, segundo o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos. Daí o pessimismo dos investidores privados e a sua  resistência frente ao grande plano  de obras do governo colombiano –  no valor de U$ 25 bilhões – desenhado para desbloquear a infraestrutura de transportes e comunicação da Colômbia, que é péssima.
No caso do Peru, as taxas de crescimento do ciclo recente foram ainda mais elevadas (uma média de cerca d 7%) e por isto a perspectiva de queda em 2014 é relativamente maior. O ex-ministro da Fazenda Pedro Pablo Kuczynski,  do Peru, prevê uma taxa de 4% ou talvez menos, e antecipa uma grande queda no investimento privado durante este ano provocada pelas expectativas pessimistas do empresariado,  e pela consequente perda de posições do país junto aos investidores internacionais.
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José Luís Fiori – Professor Titular de Economia Política Internacional da UFRJ – 25.06.2014
IN Observatório das Metrópoles.