Luciana Cardoso Zaffalon – “Há uma agenda
corporativa como proteção e contrapartida garantidas ao sistema de Justiça”.
O uso de decisões do
Exectivo, da Justiça e da Assembleia Legislativa e de dinheiro dos contribuintes
para beneficiar juízes, promotores, integrantes do Ministério Público e altos
funcionários é um eixo fundamental da construção do poder regional da legenda.
Carlos Drummond
Agora entendemos por que São Paulo é a última oligarquia brasileira. Os
tucanos, quando chegaram ao governo com FHC, achavam ter um plano de 20 anos de
poder, mas em São Paulo estão há 24. O Nordeste livrou-se dos coronéis, e o
último oligarca foi Sarney.
O tucanato paulista é, entretanto, o dono do
estado mais rico e nele desenvolve suas concepções pouco republicanas. Um
ideário perceptível, por exemplo, em condutas peculiares no que diz respeito à
relação entre os Três Poderes e a realidade do entorno.
No reduto paulista prosperam com especial vigor iniciativas dominantes em
escala nacional, a exemplo da prioridade máxima atribuída à remuneração de uma
categoria profissional da área da Justiça e da pouca importância dada ao
caos econômico e social ao redor.
É o caso da decisão do Ministério Público Federal, representado pela
futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de acolher na terça-feira
25 a reivindicação dos procuradores e promotores da instituição por um aumento
de 16%.
(...)
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Carlos Drummond – 06.08.2017.
Luciana Cardoso Zaffalon – Doutora em Administração Pública pela FGV/SP.
IN Carta Capital.