A violência do exército é
constante: a todo momento homens e até crianças consideradas “subversivas por
resistir à ocupação” são presos.
Bairros palestinos têm
suas casas demolidas todos os dias. A maioria das fontes de água está nas mãos
de Israel, que libera seu uso para os agricultores israelenses, mas as proíbem
aos palestinos.
José Coutinho Júnior
“Essa estrada leva a uma área
‘A’, controlada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP). A entrada de cidadãos
israelenses é proibida. Há perigo para suas vidas e afronta a lei de Israel”. O
aviso, impresso em uma placa vermelha em todas as fronteiras entre Israel e as áreas
controladas por palestinos, dá o tom da realidade no Oriente Médio.
Para Israel, há um inimigo perigoso do outro lado da linha e, por isso,
a necessidade de se manter uma ostensiva militarização. Sob a perspectiva dos
palestinos, a situação é diferente: para eles, a ocupação israelense é um
projeto de colonização que pretende expulsar os árabes de sua terra. Prova
disto é o fato de Israel já ter anexado boa parte de todo território da
Palestina.
Em 1948, resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) determinou que
51% do território fossem destinados para a criação de Israel. Hoje, 78% das
terras palestinas estão sob domínio israelense, restando como território
palestino somente a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. E até mesmo na Cisjordânia,
território supostamente governado pela ANP, as mais de 120 colônias israelenses
ocupam 88% de todo o território.
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José Coutinho Júnior – Repórter enviado à Palestina – 17.12.2013.
IN Brasil de Fato.